quinta-feira, 31 de março de 2011

Parlamentares estrangeiros pedem que Brasil seja o próximo a garantir casamento civil a gays.

Pedro Zerolo, durante a cerimônia da Frente Parlamentar.
Pedro Zerolo, durante a cerimônia da Frente Parlamentar.



















Agora é a vez do Brasil. O mundo olha o Brasil, um país muito importante e que precisa avançar na justiça social. E garantir direitos iguais a seus cidadãos é justiça social, afirmou o vereador de Madri, Pedro Zerolo. Ele representou o presidente da Espanha, José Luiz Zapatero, na cerimônia de relançamento da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBTnesta terça-feira (29).
Zerolo pediu aos parlamentares da frente para terem coragem, porque “nela está o segredo da liberdade e da igualdade”. A Espanha aprovou a igualdade no casamento civil em 2005.
– Hoje é um dia histórico, hoje o Brasil começa o caminho para garantir a igualdade LGBT. Não vai ser fácil, mas vamos conseguir e aqui no Brasil haverá o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo – afirmou Pedro Zerolo.
Também presente ao lançamento da frente parlamentar, a deputada argentina Vilma Ibarra – autora do projeto de lei que garantiu em 2010 a aprovação da igualdade no casamento naquele país – afirmou que a sociedade argentina discutiu profundamente o assunto e aprovou uma proposta que tratava de igualdade e que mudava as leis civis de um estado laico.
– Desejo que o Brasil possa percorrer o mesmo caminho que a Argentina, porque isso fará muito bem à América Latina – disse a deputada.
Durante os debates, a deputada afirmou que os argentinos conheceram a realidade de cidadãos que eram discriminados em função de sua orientação sexual.
– Toda a sociedade debateu a necessidade de igualdade de direitos. E essa história nasceu em uma reunião como essa, quando pensávamos que era impossível. Cinco anos depois temos uma lei aprovada e um país orgulhoso por ser o primeiro da região a garantir a igualdade de seus cidadãos– afirmou a deputada.
Segundo Vilma Ibarra, todos os parlamentares que votaram a favor da lei foram reeleitos e hoje fazem questão de divulgar que foram favoráveis à proposta, enquanto aqueles que se opuseram são vistos atualmente como os que não queriam a igualdade.
O Brasil retrocedeu no reconhecimento dos direitos dos cidadãos LGBT, e com isso, foi deixado para trás por países que eram mais conservadores, como Argentina, Portugal e Espanha. O diagnóstico foi feito pela senadora Marta Suplicy (PT-SP), também durante a cerimônia de relançamento da Frente Parlamentar.
– Enquanto na Argentina hoje tem casamento gay, no Brasil temos espancamentos na avenida Paulista – lamentou a senadora.
O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), que divide a coordenação provisória da frente com Marta, está recolhendo assinaturas de deputados para apresentar uma proposta de emenda constitucional (PEC) prevendo o direito ao casamento para casais do mesmo sexo.
– União estável é diferente de casamento e, além disso, os casais de pessoas do mesmo sexo serão obrigados a entrar na Justiça para conseguir a união estável, mesmo que o STF decida favoravelmente – explicou.
Jean acredita que o papel da Frente Parlamentar deverá ser tocar projetos que garantam direitos à comunidade LGBT e lutar publicamente contra a homofobia.

Romance entre dois homens é o tema da peça que estreia nesta sexta-feira, em Porto Alegre.

















O espetáculo Dois de Paus estreia nesta sexta-feira (1º de abril), na Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre.
A peça é do premiado dramaturgo Arthur Tadeu Curado, e com tom de comédia romântica, traz uma narrativa não linear, focalizando o relacionamento entre dois homens: Júlio, publicitário, e Alex, fisioterapeuta.
Os dois decidem morar juntos e passam a enfrentar os problemas do cotidiano, como qualquer casal. Ao longo do espetáculo, são mostrados os melhores - e também os piores - momentos dessa relação.
A peça busca desmistificar conceitos e preconceitos sobre a homossexualidade, discutindo os conflitos que acontecem em qualquer romance, não apenas nos amores gays.
"Este trabalho é uma ferramenta de troca de ideias, diversão e informação. Para mim, os relacionamentos independem de conceitos e regras, mas necessitam de afinidades e sonhos compartilhados", diz Paulo Guerra, diretor do espetáculo.
Guerra comenta que enfrentou dificuldades para selecionar os atores que protagonizam a peça. "Muitos não quiseram fazer por causa do tema, outros não tinham perfil, mas tive a sorte de selecionar Dionatan Rosa e Guilherme Ferrêra. Eles fogem das caricaturas, estereótipos e são ótimos atores", diz ele
Casamento gay, adoção de crianças, a maior liberdade de expressão e demonstração pública de afeto são alguns dos temas abordados na peça.
O espetáculo fica em cartaz de 1º a 24 de abril, de sexta a domingo, às 20h, e é indicado para maiores de 14 anos. O ingresso custa R$ 20. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3221.7147.

Diva Madrinha Após ameaçar processar deputado por racismo e homofobia, Preta Gil vira Diva Madrinha da Parada Gay.

Preta:destaque em causas gays e raciais.
Preta:destaque em causas gays e raciais.



















A cantora Preta Gil será nomeada a primeira Diva Madrinha da Parada Gay de São Paulo (26/jun) e do Gay Day Experience (25/jun), o evento beneficente da Parada, de acordo com o jornal "O Dia", desta quarta-feira (30).
Preta recebe o título na noite de hoje. Ainda este ano, a ONU(Organização das Nações Unidas) instituiu que 2011 será o Ano Internacional dos Afrodescendentes. Preta Gil, também engajada na luta contra a discriminação racial, foi nomeada a representante.
Nesta terça-feira (29), ela prometeu processar o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) que deu declarações polêmicas de racismo e homofobia no programa CQC (Band), no dia anterior.
Bolsonaro tentou defender-se em seu blog pessoal, negando ser homofóbico - apesar de dizer que "tal prática não seja motivo de orgulho" - e que tem amigos e funcionários negros.

Elizabeth Taylor pode ter deixado herança para fundações que combatem a AIDS





















A atriz Elizabeth Taylor, que morreu na semana passada aos 79 anos, deixou sua herança, estimada em US$ 600 milhões, para suas fundações de combate à Aids. Para isso, sua famosa coleção de jóias vai ser vendida em um leilão beneficente.
Taylor foi a primeira celebridade a combater a doença, ainda no começo dos anos 1980.
“Ela era, sem nenhuma dúvida, uma das personalidades que mais inspiraram a luta contra a Aids”, destacou a amfAR (American Foundation for AIDS Research) sobre a atriz hollywoodiana, que se tornou militante do combate à doença, presidindo também ações internacionais da organização.
“Ela deixa uma herança monumental que permitiu prolongar e melhorar a vida de milhões de pessoas e que enriquecerá outras nas próximas gerações”, destacou a associação.
amfAR foi fundada em 1985, ano em que um outro astro de Hollywood, o ator Rock Hudson, amigo de Liz Taylor, morreu de complicações ligadas à Aids.
Elizabeth Taylor lançou sua própria Fundação contra a Aids em 1991. Ela recebeu, no ano seguinte, o prêmio Jean Hersholt, que é uma distinção atribuída periodicamente pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, em reconhecimento às personalidades com contribuições de excepção em causas humanitárias.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Britney Spears volta aos palcos com show surpresa

Em Las Vegas, cantora se apresentou em um cassino para um especial da MTV.
Apresentação serviu para artista mostrar ao vivo seu novo álbum.

Britney Spears faz show surpresa em Las Vegas, no Palms Cassino, na noite desta sexta-feira (25). Pocket show serviu para artista revelar faixas do novo álbum, 'Femme fatale', ao vivo.
Britney Spears faz show surpresa em Las Vegas (Foto: AP)
Britney cantou 'Big fat bass', 'Hold it against me' e 'Till the word ends'. 'OMFG, como é bom estar de volta', comentou cantora pelo Twitter.
Britney Spears faz show surpresa em Las Vegas (Foto: AP)

Lady Gaga lança nova versão de 'Born this way'

'The country road version' foi lançada na madrugada desta sexta-feira.
Faixa mantém os versos, mas substitui teclados e batidas eletrônicas.


Lady Gaga (Foto: AFP)A cantora Lady Gaga (Foto: AFP)
A cantora Lady Gaga lançou na madrugada desta sexta-feira (25) uma nova versão para o seu sucesso "Born this way". Intitulada "Born this way (the country road version)", a faixa substitui os teclados e batidas eletrônicas por guitarra, violão e até gaita.

Os versos continuam os mesmos ouvidos na original.

Nesta semana, Gaga convocou jovens malaios a protestar contra a censura de sua nova música nas rádios do país. "Born this way" é executada nas emissoras com trechos da letra excluídos.

Ruídos são inseridos no meio da música em partes como "não importa se sou lésbica, gay, hetero, bi ou transgênero/eu estou no caminho certo da vida, querida".

Confira a nova versão:

Na sua programação de 2011, Globo vai exibir o seriado 'Glee'


Entre atrações internacionais na grade da programação, destaque é 'Glee'


Em evento realizado nesta terça-feira (29) no Teatro Alfa, em São Paulo, Fernanda Lima e Tiago Leifert apresentaram as novidades da programação da emissora, que inclui a exibição do seriado musical "Glee" - um dos maiores sucessos da TV americana e o "Macho man" escrita por Fernanda Young e Alexandre Machado, a série traz uma dupla impensável como protagonista: Jorge Fernando vive um ex-gay, enquanto Marisa Orth uma ex-gorda. Os dois são melhores amigos e dividem a rotina em um salão de beleza.

Peça em SP retrata história de gay que foge da ditadura para viver como travesti na Espanha

Dirigida por Nelson Baskerville, a peça "Luis Antonio - Gabriela" estreia nesta quarta-feira (16), no Centro Cultural São Paulo (CCSP), na capital paulista.

Com uma história oriunda do próprio universo biográfico do diretor, o espetáculo narra a trajetória de seu irmão, o Luis Antonio do título, que nos anos 60, durante a ditadura militar, vai para a Espanha viver como travesti.

Em 2002, Baskerville recebeu a ligação de sua mãe que lhe contava que o seu irmão tinha falecido. "Ele era aquele irmão, oito anos mais velho, que sempre mantive na sombra, só alguns poucos amigos sabiam da sua existência. Ele era aquele que, além de me seduzir e abusar sexualmente, fazia com que muitos dedos da cidade de Santos fossem apontados para nós, os irmãos da 'bicha'", fala o diretor sobre o irmão.


Baskerville também relata que a notícia da morte de Luis Antonio não o abalou nem um pouco. Mas, para sua surpresa, quando sua irmã foi investigar onde Luis Antonio vivia para cuidar das papeladas, a embaixada entrou em contato para avisar que o irmão estava vivo e residia em Bilbao. Sua irmã foi ao encontro de Luis Antonio e lá descobriu que ele agora se chamava Gabriela, era viciada em cocaína e portadora do vírus HIV.

O diretor diz que, por conta da irmã, Maria Cristina, a família passou a ter notícias de Luis Antonio, que faleceu de fato em 2006. Baskerville admite que nunca mais viu o irmão e afirma que, ao invés de ir atrás dele e posteriormente acompanhar seu enterro, preferiu escrever a peça.

Serviço: 
"Luis Antonio - Gabriela"
Onde: Centro Cultural São Paulo - R. Vergueiro, 1000 - Metrô Vergueiro
De 16/03 a 23/04
Quarta a sábado, às 21h
Entrada franca. Precisa chegar com uma hora de antecedência para retirar o ingresso.

Primeiro casamento gay de Sorocaba acontece em abril


O primeiro casamento gay de Sorocaba já tem data marcada: 16 de abril deste ano. O professor de dança Carlos Eduardo de Medeiros, 29 anos, e o cabeleireiro Cleverson Marcelo Mendes Carvalho, 23, celebrarão sua união em uma chácara da cidade.

O casal está junto há seis meses e sua história começou na Parada Gay de Sorocaba. Marcelo conta que no evento eles apenas trocaram olhares e depois acabaram se encontrando novamente pela Internet. Em um bate-papo online eles passaram a conversar e só repararam que já se conheciam quando transferiram a conversa para o Msn. "Foi muito legal sabe que ele era a pessoa da Parada Gay. Foi coisa do destino e no dia seguinte nos encontramos pessoalmente, começamos a namorar e estamos juntos até hoje", conta Carlos Eduardo.

Para selar o casamento, Marcelo explica que um advogado fará o contrato de união estável entre eles, com o documento registrado em cartório. Mas apesar disso, a discriminação ainda existe. O casal espera que, por ser a primeira união homossexual da cidade, isso ajude a diminuir o preconceito.

Atualmente o casal moram em Itapetininga, mas espera voltar para Sorocaba. O casamento será realizado por um mestre de cerimônias e a festa será para aproximadamente 200 pessoas.

Geri Halliwell negocia sua vinda para a Parada Gay de São Paulo


A ex-spice girl Geri Halliwell está negociando sua vinda para a “Parada Gay de São Paulo”. A bonitona poderá prestigiar a festa “Gay Day”, que faz parte da programação do evento, ainda sem data definida na capital paulista. A Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) vai realizar sua 15ª edição. Os organizadores do evento prometem fazer um evento histórico para festejar a ocasião.

STF discutirá a validade do casamento homossexual

Para desespero da CNBB, ministros do STF julgarão em duas semanas a validade da união gay. Relator do processo se diz favorável a causa 

Por Rafael Rodrigues
Gay1 Brasília

Supremo Tribunal Federal (STF) – Brasília (DF)


O Supremo Tribunal Federal (STF) finalmente irá julgar a constitucionalidade do casamento homossexual no Brasil. A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF n° 132) já está pronta para ir ao plenário. Com sete volumes, a ação foi publicada no Diário Oficial da União e depende apenas de o presidente da Casa, ministro Cezar Peluzo, incluí-la na pauta, o que deve acontecer dentro de duas semanas. 
Após o STF julgar a validade da Lei Ficha Limpa, os 11 ministros da Casa debruçam-se sobre a validade da união gay no país. O processo ainda irá percorrer dentre duas semanas, mas já mostra bastante movimentação de grupos favoráveis e contra o julgamento nos bastidores do Tribunal. 

Atendendo ao pedido de vários municípios brasileiros, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, solicitou ao STF, em 2008, que declare a validade das decisões administrativas que equiparam as uniões homoafetivas às uniões estáveis, e a suspensão de processos contra o casamento gay. 

Enquanto o Supremo ainda não julgava sobre o tema, vários tribunais espalhados pelo país já reconheceram à união estável dos homossexuais, estima-se que cerca de 1.026 processos foram julgados à favor da união entre pessoas do mesmo sexo. A conta é da desembargadora Maria Berenice Dias, que presidirá a Comissão da Diversidade Sexual, criada há uma semana pela Ordem dos Advogados no Brasil (OAB). 

Já se manifestaram a favor da constitucionalidade do casamento homossexual no Brasil o relator do processo, ministro do STF, Carlos Ayres Britto, ministro Luiz Fux e Dias Toffoli, entre outros ministros do Supremo. Integrantes da Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro também trabalham pela aprovação da união homoafetiva, além do Ministério Público Federal e da Advocacia-Geral da União, ligada à Presidência da República, e da Procuradoria Geral da República. 

Contra a União 
A Confederação Nacional dos Bispos no Brasil (CNBB) incluiu no processo 16 entidades que se dizem contra a união estável de duas pessoas do mesmo sexo. Segundo o advogado da CNBB, João Paulo Amaral Rodrigues, a Constituição Federal define como família a união conjugal entre homem e mulher, por tanto, se tornando inconstitucional a união gay. A igreja Católica se manifestou dizendo que não há necessidade de afirmar que o relacionamento entre homossexuais é um casamento. 

A Igreja Católica já se pronunciou que usará o mesmo argumento utilizado recentemente na Corte Francesa de que entidades diferentes - um casal gay – podem ser tratadas de forma diferente sem que isso ofenda princípios constitucionais. 

Outras instâncias 
Confira a baixo quais estados brasileiros onde os tribunais já se manifestaram com relação aos direitos dos homossexuais:
A favor = Acre, Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná
Contra = Distrito Federal, Santa Catarina, Bahia e Espírito Santo
Inexistem = Tocantins, Sergipe, Pará e Roraima

As informações foram prestadas pelos tribunais ao Supremo Tribunal Federal (STF) – Brasília.

Bolsonaro nega racismo, mas diz que não admite filho gay

“Quando seu filho começa a ficar gayzinho, tem que dar um couro nele”, diz deputado

Por Priscilla Mendes

O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse nesta terça-feira (29) que entendeu mal a pergunta feita pela cantora Preta Gil no programa CQC da Rede Bandeirantes, exibido nesta segunda-feira (28). Após uma pergunta da cantora, Bolsonaro declarou que não aceitaria que seu filho se apaixonasse por uma mulher negra. O parlmamentar negou racismo e disse que não admitiria que um filho tivesse um relacionamento homossexual, e não com uma pessoa negra.

- O que eu entendi é que [a pergunta era] se o meu filho tivesse relacionamento com um gay, como eu me comportaria. [...] Com todo certeza eu pisei na bola, eu não prestei atenção na pergunta. Você acha que um político ia responder aquilo?

No programa, Bolsonaro disse à cantora: “Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu”.

Bolsonaro disse que não há problema em ver um filho seu se relacionando com uma pessoa negra, mas que não há nenhuma chance de sua prole ter uma relação homossexual.

- Meu filho teve educação para seguir os passos dele. Quando um moleque, um filho nosso, está começando a atirar pedra na janela do vizinho, praticar pequenos furtos, ser violento e você não tem como vencer no diálogo, você não vai dar um couro nele? Se ele está começando a ficar gayzinho, vai dar um couro nele que ele entra na linha!

Ao comentar o lançamento, nesta terça-feira (29), da Frente Parlamentar Mista em Defesa da cidadania LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), o parlamentar ironizou e disse que não se trata de uma “frente”, mas sim de uma “retaguarda”.

- Isso não é uma frente, é uma retaguarda parlamentar. Defender esse pessoal para quê? Que exemplo de bons costumes, ética e moral eles têm para dar para a sociedade?

A frente parlamentar recolheu 171 assinaturas de parlamentares. O grupo é encabeçado pelo deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) e pela senadora Marta Suplicy (PT-SP) e pretende aprovar no Congresso, além da união homoafetiva, o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Bolsonaro adiantou que irá apresentar ao Conselho de Ética – onde alguns parlamentares ameaçam pedir punições ao carioca – um requerimento para que o conselho ouça suas justificativas em relação à participação no programa CQC.

VC acredita que dessa vez Bolsonaro vai pagar por falar o que não deve?

domingo, 27 de março de 2011

Autor investe em personagens gays em "Amor e Revolução", novela do SBT

Marcela, a advogada lésbica vivida por Luciana Vendramini, não será a única personagem gay de “Amor e Revolução”. Chico (Carlos Thiré) é um diretor de teatro bissexual que ao longo da novela se apaixona pelo hippie João (Paulo Leal). “O Chico não assume que também gosta de rapazes, mas quando bebe começa a querer beijar os colegas”, diz o autor.

No núcleo dos estudantes que se envolvem na guerrilha, os personagens lembram a música “Flor da Idade”, sucesso de Chico Buarque na época: Marta (Dani Moreno), uma assaltante a bancos, ama Bete (Natália Vidal), que ama Luís (Élcio Monteze), que ama Marta, fechando a ciranda.

Mas o personagem mais controverso será Fritz (Ernando Tiago), um “carrasco nazista” que só consegue sentir desejo por mulheres em situações violentas. Santiago promete uma grande virada quando o torturador se apaixonar por Chico. O diretor de teatro vai para a cadeia e tornar-se alvo de suas torturas.

“Os gays fazem parte do nosso convívio, toda família tem. E o público GLS gosta de se ver retratado nas tramas”, diz Santiago. E perguntado se as histórias não seriam um pouco pesadas para o público do SBT, ele diz “Até agora, tive ampla liberdade para escrever. Nossa classificação indicativa é de 14 anos, e não fizemos nenhuma cena que possa ser considerada ofensiva. Mas é a resposta da audiência que vai condicionar o desfecho de cada personagem”, explicou o autor.


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Em livro, José Paulo Cavalcanti diz que Fernando Pessoa era gay

O advogado e escritor José Paulo Cavalcanti Filho lança seu livro-biografia do escritor português Fernando Pessoa, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira.

A nova biografia revela as dúvidas e a sexualidade do poeta português. Segundo o biógrafo, Pessoa escondia sua homossexualidade e tinha vergonha do próprio corpo. No texto, o autor diz que o poeta tinha vergonha do pinto pequeno, enquanto escritores contemporâneos e próximos afirmavam que ele olhava para rapazes com outros olhos.

O material recolhido ao longo de sete anos de pesquisa faz parte de uma exposição que será aberta no Centro Cultural Correios do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, quando a obra do advogado pernambucano de 62 anos apresenta o livro à sociedade nacional, especialmente aos escritórios da Academia 

Na TV, Charlie Sheen beija apresentador e fala sobre possível programa


O ator Charlie Sheen esteve na noite da última segunda-feira no programa do apresentador norte-americano Jimmy Kimmel. Sheen causou comoção ao cumprimentar o apresentador com um beijo na boca.

Durante a entrevista, ele deu dicas sobre um possível novo programa no canal Fox. Antes, Sheen tinha contrato com a CBS, de "Two and a Half Men".

De acordo com o site Hollywood Reporter, Sheen se encontrou na última quinta-feira com os presidentes de entretenimento, Mike Darnell e Peter Rice, e esportes da Fox, David Hill.

No fim de semana, Sheen levantou mais suspeitas no Twitter, publicando uma foto com o logo da Fox. "Você foi avisado", escreveu.

No entanto, a ida de Sheen para a Fox pode não ser tão simples, já que o site Radar Online diz que o presidente da CBS está disposto a passar por cima do produtor da série, Chuck Lorre, para ter Sheen de volta.

Um agente de Hollywood garante ao Hollywood Reporter que Sheen vai voltar para a série no semestre que vem.


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Casal de lésbicas abre a primeira clínica de fertilidade só para LGBTs na Inglaterra


O casal Natalie Drew, de 35 anos e sua parceira Ashling Phillips, de 32 anos, abriram a primeira clínica de fertilidade só para LGBT's em Birmingham, na Inglaterra, segundo reportagem do jornal "Daily Mail".

Mesmo que o marketing seja voltado ao público LGBT, as donas da clínica "que oferece assistência por cerca de R$ 27 por mês" foram avisadas que não poderão recusar ajuda a casais heterossexuais que queiram ter filhos.

Antes de abrir a clínica, Drew e Phillips ofereciam um serviço na internet para juntar casais do mesmo sexo que quisessem um doador de esperma. O casal teve a filha Gianna, de 6 anos e o filho Kai, de 2 anos, através de doação de esperma e acha que o sistema atual não reconhece casais do mesmo sexo o suficiente. "Queremos poupar as pessoas de terem que explicar sua situação, que são gays e querem um doador" diz Drew.

A clínica tem atraído críticas de grupos católicos, que dizem que trazer uma criança ao mundo fora da estrutura de uma família tradicional seria prejudicial ao seu desenvolvimento.

E você, o que acha? Deixe seu comentário.



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Transexual fará 1ª cirurgia de retirada de órgãos femininos pelo SUS em SP

Alexandre dos Santos fará a operação em abril no Hospital Pérola Byington.
Médica defende importância do procedimento para transexuais masculinos.


Alexandre dos Santos (Foto: Daigo Oliva/G1)Alexandre dos Santos, que fará cirurgia em abril
em hospital de São Paulo (Foto: Daigo Oliva/G1)
O agente de saúde Alexandre Peixe dos Santos, de 38 anos, será submetido em abril à primeira cirurgia realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em São Paulo de retirada dos órgãos reprodutores femininos de um transexual. É o primeiro passo para ele conquistar o corpo que sempre desejou. A operação para retirar útero, trompas e ovários está marcada para ocorrer no início do mês no Hospital Pérola Byington.

Apesar de ter nascido Alexandra, ele diz que se sente um homem em um corpo de mulher desde pequeno – e faz questão de ser chamado pelo gênero masculino. “Eu sempre quis e curti coisas de menino. Sempre me identifiquei assim, desde criança”, conta. Após a cirurgia, Alexandre poderá iniciar o tratamento com hormônios. Mas ainda faltará uma etapa, que é a cirurgia para retirada das mamas, a ser realizada em outro hospital, sem data definida.

A ginecologista e sexóloga Tânia das Graças Mauadie Santana, coordenadora do Centro de Referência e Especialização em Sexologia do Hospital Pérola Byington (Cresex), fala da importância do procedimento para os transexuais masculinos. “É importantíssimo, porque a questão dos transexuais é a mudança da identidade. Eles querem o máximo possível parecer o sexo desejado. Ele se sente homem e tem que ficar o mais próximo possível disso. É preciso adequar a mente ao seu corpo”, defende.

A cirurgia é resultado de uma parceria do Pérola Byington com o ambulatório dedicado exclusivamente à saúde de travestis e transexuais, inaugurado em junho de 2009 pela Secretaria de Estado da Saúde na Zona Sul da capital paulista. O hospital fará duas cirurgias de retirada de útero, ovários e trompas de transexuais masculinos todos os meses. “É um avanço para a sociedade e para a classe médica”, opina a médica.

O fato de o hospital ser considerado um centro de referência para as mulheres gerou uma preocupação a Alexandre, porque alguns quartos são coletivos. Para tranquilizá-lo, Tânia garantiu que ele ficará em um apartamento separado de outras pacientes. No caso do agente de saúde, a cirurgia também possui outra indicação médica, porque ele tem um mioma.

Infância
Alexandre conta que, desde muito pequeno, quis ter brinquedos e vestir roupas de meninos. As bonecas que ganhava em aniversários e Natais eram repassadas à irmã, um ano mais nova. E queria ter os presentes do irmão. “Lembro que, no aniversário de um ano do meu irmão, o bolo dele era um campo de futebol, cheio de bonequinhos. E ele com uma fantasia de Super-Homem. Era aquilo que eu queria para o meu aniversário e não tinha”, recorda.

A solução era brincar escondido com carrinhos e trenzinhos do irmão. “Teve um Natal que meu irmão ganhou um Ferrorama e eu uma boneca. A boneca foi para minha irmã e, quando todo mundo ia dormir, eu brincava com os brinquedos dele. Há 35 anos não era uma questão normal para a minha mãe eu querer os brinquedos do meu irmão. Então, precisava ser tudo escondido.”


Alexandre fala sobre cirurgia  (Foto: Daigo Oliva/G1)Alexandre fala sobre cirurgia (Foto: Daigo Oliva/G1)
Para manter o cabelo curto, ele utilizava outro "truque". “Eu procurava na escola quem tinha piolho. Minha mãe sempre brigava”, lembra. Com os cabelos do tamanho que desejava, outra barreira eram as roupas femininas. “Era uma coisa muito ruim. Como minha irmã tinha só ano de diferença, a gente andava com as roupas iguais, só mudava a cor”, lembra.

O período mais difícil, no entanto, foi a adolescência. “Na mudança do corpo, as coisas ficam mais complicadas. Os meninos começam a ter outros gostos, a arrumar namorada, e você fica isolado. E, quando você conhece alguém que gosta, é do mesmo sexo, biologicamente falando. Por isso, durante um tempo eu me identificava como lésbica, que era o mais próximo que eu conhecia”, afirmou. Muitos anos mais tarde, no entanto, durante uma reunião na Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, se descobriu um transexual masculino. “Eu nunca me identifiquei como mulher. Então, foi um alívio.”

Gravidez
Há 19 anos, Alexandre viveu a experiência de gerar um bebê. Ele vivia com uma companheira que tinha câncer e não podia ser mãe. Porém, queria muito ter um filho. A gravidez aconteceu após um acordo com um amigo homossexual. “Em nenhum momento fui uma grávida. Fui um grávido, um pai. Eu não tinha essa questão materna, era um corpo mudando”, afirma.

Mesmo se sentindo um homem, ele se rende à emoção de ter dado à luz uma criança. “É um momento indescritível, acho que não tem emoção que dá para comparar. Eu sou um homem que teve a sorte de ver o quanto é lindo aquilo”, lembra. A mulher morreu três anos após o nascimento de Bruna. A filha chama Alexandre até hoje de “pãe”.

O agente de saúde conta que a filha já sofreu muitos preconceitos por causa da transexualidade dele. “Eu converso com ela sobre essa questão desde os 4, 5 anos. Sempre expliquei. Mas eu acho que ela sofreu muito preconceito, até perdeu namorado e amigos”, diz.

Preconceito e violência
Alexandre relata que os transexuais são vítimas constantes de preconceito. “Xingamento é todo dia. A gente não acostuma. É que, se a gente for olhar tudo, não vive. É piadinha no ônibus, a gente entra em uma loja e o vendedor nem te olha. São olhares, palavras”, afirma.

Alguns casos, porém, são muito mais graves. Ainda jovem, ele sofreu uma violência sexual. “Teve uma ocorrência grave, uma violência sexual que sofri no banheiro masculino, porque passei a frequentar o banheiro masculino. Eram colegas que eu jogava bola. Isso ficou durante muito tempo guardado, eu vim contar com 30 anos para alguém.”

Em 1988, ao sair de uma festa, apanhou de 20 homens. “Um cara disse que, se eu queria ser homem, tinha que apanhar como homem. Eles me deram uma surra. Apanhei de ser arrastado de um lado para outro, chute, pontapé, soco”, contou. Segundo Alexandre, a polícia apareceu, ele entrou no carro e, ao contar o que aconteceu, um policial comentou: “também, olha do jeito que você anda”. “E não me levaram para a delegacia, me largaram na porta de casa.”

Características masculinas
O agente de saúde aguarda a cirurgia de retirada dos órgãos reprodutores femininos para começar a hormonioterapia. Ele sabe da importância de se ter um acompanhamento para a utilização de hormônios. “Em 2006, eu tomava hormônio sem acompanhamento e tive dois AVCs [acidentes vasculares cerebrais]”, contou.

Ele espera com ansiedade, no entanto, a cirurgia da retirada das mamas. Segundo Alexandre, são elas que ainda fazem as pessoas o identificarem como uma mulher. “Para mim, a mastectomia é que vai ser a libertadora. Eu não vejo a hora de chegar na praia, tirar a camiseta e ir para o mar.”


█Por Luciana Bonadio


Retirado do  

segunda-feira, 21 de março de 2011

Pela primeira vez, maioria dos americanos é favorável ao casamento gay

O casamento gay é favorável para 53% dos americanos, segundo pesquisa do jornal "Washington Post" e da rede "ABC News" publicado nesta sexta-feira. É a primeira vez em quase uma década de pesquisa, que a maioria é a favor a união de pessoas do mesmo sexo.

Cerca de 44% dos americanos foram contra o casamento gay, o que aponta um retrocesso de 18 pontos em relação ao estudo anterior. O Congresso dos Estados Unidos derrubou há dois meses a lei que obriga os homossexuais do exército a ocultar sua orientação sexual.

No mês passado, o governo de Barack Obama julgou a lei federal que proíbe o união entre pessoas do mesmo sexo como "inconstitucional".